castiçais

Castiçais

Por qualquer motivo

A alma iluminada de ternura

Choraminga ao som de ontens...

O baque do vivido.

Brilha aos olhos o sorriso

Da criança, do senhor antigo,

Ante a música do esquecido

Clamor de tempos levados

Com as águas invernais

A algum abrigo...

Por qualquer motivo

Paixão por indefinido sufoca

O que seria paz para o sentido,

Ordens a te ordenar caminhos

Empedrados entre gramas,

Picados em mata virgem...

Memória desses momentos

Idos, revisitados, revividos...

Por qualquer motivo,

Nunca um motivo qualquer,

A vida a fazer sentido

Em cada sorriso...

Sob a vela rescendida

No castiçal sofrido.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 25/09/2015
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