QUE O LEMBRADO NÃO SEJA ESQUECIDO
[para J.P.]
Nos olhos semicerrados
do menino,
o que há?
Muito do que sente
e não pode evitar.
É tão pequenino ainda...
Não sabe que nomes dar.
Conhece apenas um:
Medo.
Mas nem este sabe explicar.
Vasto como o mar escuro
ele se estende sobre o menino,
que os olhos não quer fechar...
Vigia seu cansaço e sono.
Imobiliza-o.
Adentrada madrugada.
A cama e o medo.
Dois adultos do menino se esquecem
E conversam, conversam, palream sem parar!
O corpinho inocente já caindo da cadeira,
O rostinho dormindo sobre a mão...
"- Paiê, vem me levá."
do menino,
o que há?
Muito do que sente
e não pode evitar.
É tão pequenino ainda...
Não sabe que nomes dar.
Conhece apenas um:
Medo.
Mas nem este sabe explicar.
Vasto como o mar escuro
ele se estende sobre o menino,
que os olhos não quer fechar...
Vigia seu cansaço e sono.
Imobiliza-o.
Adentrada madrugada.
A cama e o medo.
Dois adultos do menino se esquecem
E conversam, conversam, palream sem parar!
O corpinho inocente já caindo da cadeira,
O rostinho dormindo sobre a mão...
"- Paiê, vem me levá."
[Inspírado em "Por que um menino morre chovendo?" , do poeta Péricles Alves de Oliveira.]
imagem: P.A.O.