Drama
Drama
Meu amor não nega o drama,
É dele tudo que quero, se me consome.
A marca dos meus caprichos,
A teimosia da frágil escama.
E ter com os cantos regresso e partida,
E com os santos deveres de sangrias.
Tudo tem valor, nesse preço e pagamento.
O tempo... Meu algoz e minha cura.
E sorrindo eu chorei em teus delírios,
Passado o futuro, meu espanto... Amei o que por amor se renuncia!
Chorei sorrindo dessa falta, poema escondido em teus encantos, reposto a tristeza com alegria, pelos olhos que não lêem estes meus lábios...
Que sussurram trêmulos de vontade, depois se calam, devassos de secura.
Quero o que do drama agora é sede,
São só pros teus olhos a loucura, minhas as palavras que te chamam, seu o desejo que te busca.
Tu, meu amor e o meu drama,
De ti tudo que quero e me consome,
São pra ti as marcas e os caprichos...
Do meu peito a fragilíssima escama.