Da penumbra que veste este lado...
Da penumbra que veste este lado
Vasta dimensão se abre
Puro flerte, ardência em pêlos
Do afago o apelo que sente
Entre os dentes o gosto ávido
Olhares febris na noite
Quente, a aparência revigora
Rompendo tratados, urgem em urros
Na volúpia constante outro gemido
Afunda entre fronhas o rosto
Alado o gozo que te penetra
Lívidamente extrai na calma a seqüência
A boca que busca tua boca
O lóbulo goteja nosso calor
Na África latina entre os cerrados
O banho da Lua que ruboriza
Teu corpo inda colado no meu
Afagos teus seios latentes
Mordicadas nos ombros, você treme
A pronuncia se estabelece, ouriça
Na lânguida carne de extremos contornos
Entre os delírios que recomeçam
Reconduzem a ponta do prazer
De suave deslizar a vigoroso
Para explodir em novo gozo
As texturas tomam outras cores
O animal saciado ainda bafeja
Largamos os corpos na cama
Um novo fôlego, outra taça de vinho...
Peixão89