SILÊNCIO
 
O vento parou, que silêncio,
só ficou minh'alma aflita,
que desesperada, então, grita,
pois sente um medo profundo.

Está sozinha no mundo,
sem amor, sem um carinho,
as flores só têm espinhos,
arranham, deixam feridas,
como tudo nesta vida,
um lento e eterno sofrer.

Você que passa e não vê,
estende a mão por piedade,
pratica a caridade,
ninguém sabe do amanhã:
socorre-me Aldebarã!

             .  .  .

 
Ouvir tua alma que grita
 é a coisa que menos quero
 meu coração inda palpita
 p´la musa que tanto venero...