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GIZ
 
 
Cada lição
Anotada à giz no quadro negro,
O pó branco acumulando-se no chão.

-Copiávamos,
Repetíamos em sabatina
Todas as lições,
Todas as tabuadas e verbos
Até que descessem pela garganta,
Circulassem pelo sangue
E chegassem ao cérebro.
 
Passávamos (ou não) nos testes,
E hoje,
Nos esquecemos de tudo,
Dos pronomes e equações,
Até mesmo
Do que ficou anotado nos cadernos amarelos.
 
E o que guardamos
Nos silêncio dos olhos fechados?
-O pó de giz acumulado sob o quadro,
Os sorrisos,
Os anseios,
E as imagens dos sonhos que voaram pela janela...

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 20/09/2015
Reeditado em 20/09/2015
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