Caminhante da vida

Serei tudo aquilo que desejar

Estranho e vulgar, raro e sutil

Um louco, o bobo da corte varonil

Alguém que não se cansa de andar

Sem seguir regras, fora da lei

Entre drogas, álcool e cigarro

Dessa maneira eu me desgarro,

Mas não é sempre assim que serei

Se perder pelos caminhos assim

Por vezes se torna divertido

Pois serei um dia velho e sabido

E sei, as perdas nem sempre são ruins

Sou de um modo a entender

Meio tudo, e meio nada

Um caminhante dessa jornada

Que pra julgar precisa conhecer

Hoje, já não sei quem sou

Nem sei pra onde eu vou

E com pressa sigo correndo

Até o cansaço me derrubar

Encontro forças, me levanto

E começo a caminhar

Lúcido novamente

Procuro pelo meu lugar