o rubro batom, as unhas perfeitas,
algumas poucas palavras, gestos de seda
Já tão perto de voar...
Ela destranca o corpo do cárcere do tempo,
abre lentamente as janelas
[ no fundo, sonhadores nunca as fecham ]
e se permite à prata e a brisa tão delicada
noivar com o bouquet dos cabelos...
Ahhh... tão suave...
Tão distante de qualquer tempestade
Ela brilha para a noite !
Até vir-se no reflexo da vidraça
segurando uma taça de vinho,
já quase expulsa do paraíso,
lambendo a lâmina de uma faca...
__________ Às vezes o poema toma forma,
sorri em cada poro, fala nos olhos,
abisma !
Já tão perto de voar...
Mas naquela noite
a inocência ficara lá fora
... e ela não teve alma pra buscar.
sorri em cada poro, fala nos olhos,
abisma !
Já tão perto de voar...
Mas naquela noite
a inocência ficara lá fora
... e ela não teve alma pra buscar.