Aos Esquecidos.
Vaguei pelas vidas vazias,
Como corpo frágil
Provei da morte.
Fiz-me forte quando ressurgia,
Das cinzas de todos os esquecidos.
Fui corpo ferido
Que sentiu dor profunda,
Que de alma imunda,
Purificou-se.
Meu Deus não é mais de barro
Como meus olhos viam.
Agora ele me ouve
E conversa comigo.
Não viverei em pról dos que são lembrados,
Viverei em pról daqueles que não podem ser esquecidos.
Pois almas choram diante de mim
Sua preces.
Para que vivem eternamente
Na memória de seus entes queridos.
Jurei diante de minha própria face,
Não esquecerei de mim
E quem a mim confiou sua lembrança.