Na dança...

Meus sonhos se misturam com meus ais

tornando-se canção de dores

encobertas por nuvens que eu não vou deixar passar,

ou vou.

Mas doem.

Em caso de nunca poder ser,

pelo menos queria ser.

Vivo só, e isso é tão ruim...

Por lances de dor,

não moverei os pés muito rápido.

Mas o signo está em mim,

devidamente marcado,

não se apagará.

A cada volta que o mundo dá envolvo-me em mim mesma,

cada dia mais.

E aqui dentro é muito frio,

muito escuro,

mas é seguro pra minha alma.

Compasso triste, compasso insípido, compasso louco.

E doído...