____________DILUI MEU SILÊNCIO
Dilui, vencido, o meu silêncio.
O meu sorriso é a orgia de dentes,
a força do oceano em minhas veias,
o sussurro entre as mandíbulas
de trazer consigo o
sagrado feitiço, ah! que nasce nas veias de toda fêmea!
O meu perfume é a maresia
onde se embalaram em bruma tantos sonhos.
Dilui. Dilui porque estou me tornando senhora de mim
com o olhar de quem já vomitou os seus lutos.
Respiro com vontade!
À anatomia do mundo eu já não sigo multidão.
Mundo, estérea forma!
Tudo coube em mim, até um certo tempo.
Minha alma não apodrece mais
do que ontem foi segundo,
do trabalho especializado dos ossos no mais básico de suas funções, ah, não! Não!
Não...
Posso ser essa forma imperfeita,
o poema esquecido dentro da gaveta,
não preciso mais tossir essa refeição farsante,
essa regra no encontro dos meus dentes com os talheres.
Ah... não... Não.
Não obstante o tempo de ontem,
também não houve em mim o acerto com o presente.
Presente para mim é como quadro na parede,
é memória no prego para o amanhã,
intérprete mas que se distancia dos meus sonhos,
monólogo com o cimento.
Estouro sangue,
comunhão com o tempo que anda amanhã mas sem progredir em ontem.
Ando em mim mesma,
nessa eternidade que não se realiza
nunca. É tão inútil contar as horas....
... muito me deixo e ainda é pouco!
Dilui, vencido, o meu silêncio.
O meu sorriso é a orgia de dentes,
a força do oceano em minhas veias,
o sussurro entre as mandíbulas
de trazer consigo o
sagrado feitiço, ah! que nasce nas veias de toda fêmea!
O meu perfume é a maresia
onde se embalaram em bruma tantos sonhos.
Dilui. Dilui porque estou me tornando senhora de mim
com o olhar de quem já vomitou os seus lutos.
Respiro com vontade!
À anatomia do mundo eu já não sigo multidão.
Mundo, estérea forma!
Tudo coube em mim, até um certo tempo.
Minha alma não apodrece mais
do que ontem foi segundo,
do trabalho especializado dos ossos no mais básico de suas funções, ah, não! Não!
Não...
Posso ser essa forma imperfeita,
o poema esquecido dentro da gaveta,
não preciso mais tossir essa refeição farsante,
essa regra no encontro dos meus dentes com os talheres.
Ah... não... Não.
Não obstante o tempo de ontem,
também não houve em mim o acerto com o presente.
Presente para mim é como quadro na parede,
é memória no prego para o amanhã,
intérprete mas que se distancia dos meus sonhos,
monólogo com o cimento.
Estouro sangue,
comunhão com o tempo que anda amanhã mas sem progredir em ontem.
Ando em mim mesma,
nessa eternidade que não se realiza
nunca. É tão inútil contar as horas....
... muito me deixo e ainda é pouco!