Domingo Ruim

Sentar-se à noite diante de um lago

Fitar n'água os galhos secos refletidos

E se sentir usurpado da própria solidão.

Jogar pedras ao léu

Observar os torvelinhos

E prometer ao céu

Aniquilar tudo

De dentro de si

Que a envolva.

Esmagar cada lembrança de sorriso

Sufocar cada lembrança de jogada de cabelo

Esmurrar cada flash de abraço dado em esquinas escuras.

Jurar nunca mais

Jurar nunca mais

Jurar nunca mais.

Perceber-se apaixonado

É

Aperceber-se da iminente

Loucura

De um desastre.

13/09/2015

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 13/09/2015
Reeditado em 13/09/2015
Código do texto: T5381068
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