Domingo Ruim
Sentar-se à noite diante de um lago
Fitar n'água os galhos secos refletidos
E se sentir usurpado da própria solidão.
Jogar pedras ao léu
Observar os torvelinhos
E prometer ao céu
Aniquilar tudo
De dentro de si
Que a envolva.
Esmagar cada lembrança de sorriso
Sufocar cada lembrança de jogada de cabelo
Esmurrar cada flash de abraço dado em esquinas escuras.
Jurar nunca mais
Jurar nunca mais
Jurar nunca mais.
Perceber-se apaixonado
É
Aperceber-se da iminente
Loucura
De um desastre.
13/09/2015