Construção em suspense
Olhos tremidos
Saem do lugar, não conseguem ler.
Mente atônita
Pulmões em movimento, os dedos tremem.
Solta o ar sem compasso
O caminho da alma se desfaz.
Memórias rebobinam, misturam-se ao futuro.
Vejo, mas não realmente.
Penso, mas não realmente.
E o que foi que disse?
E o que eu disse?
Aspas saem do lugar
Não sei a hora
Algo de nada acontece, mesmo assim o tempo passa.
Troca de leitura, volta a escrever.
Escutar nem pensar.
Pés dançam sentados
Centrados estão os dedos
Por enquanto tudo calmo. Pausa.
Daqui a pouco retoma...
Quanto tempo mais?
Quantas linhas foram?
Será que consegui?