Rio Gente ou Rio Urgente
Rio de Janeiro, 1993, poema escrito na época da Chacina da Candelária.
É tanta gente que passa
São tantas bocas e caras
Nessa rodoviária
Artistas do palco da vida
Trabalham de noite e de dia
Na pendulária fornalha
Candelária
Cinelândia
Rio de tantas tranças
Rio não é Disneylândia
Onde perdeu esperanças?
Como se um vaga-lume
Fosse aquele brilho que de costume
Avivasse as nossas mentes lúgubres
Onde perdeu vaga-lumes?
São tantas bocas e caras
São os artistas das saias
Das meretrizes encabuladas
Dos transformistas em prol do nada
Queda, vertigem, várzea.
E o menino de rua?
E o menino de rua?
São tantas bocas e ruas
Pessoas bonitas, astutas
Outras perdidas e nuas
Contraste-aste-contra-arte
Artistas não são covardes
São os artistas da vida
Os quais nenhum palco recria
Trabalham de noite e de dia
Na pendulária fornalha
Candelária
Cinelândia
Rio de tantas tranças
Rio não é Disneylândia
Onde não perde esperanças?
Nos repentistas
Nos repentistas
Que pro
im
vi
sam
a
Vida.
Rio de Janeiro, 1993, poema escrito na época da Chacina da Candelária.
É tanta gente que passa
São tantas bocas e caras
Nessa rodoviária
Artistas do palco da vida
Trabalham de noite e de dia
Na pendulária fornalha
Candelária
Cinelândia
Rio de tantas tranças
Rio não é Disneylândia
Onde perdeu esperanças?
Como se um vaga-lume
Fosse aquele brilho que de costume
Avivasse as nossas mentes lúgubres
Onde perdeu vaga-lumes?
São tantas bocas e caras
São os artistas das saias
Das meretrizes encabuladas
Dos transformistas em prol do nada
Queda, vertigem, várzea.
E o menino de rua?
E o menino de rua?
São tantas bocas e ruas
Pessoas bonitas, astutas
Outras perdidas e nuas
Contraste-aste-contra-arte
Artistas não são covardes
São os artistas da vida
Os quais nenhum palco recria
Trabalham de noite e de dia
Na pendulária fornalha
Candelária
Cinelândia
Rio de tantas tranças
Rio não é Disneylândia
Onde não perde esperanças?
Nos repentistas
Nos repentistas
Que pro
im
vi
sam
a
Vida.