Mulher de Indra

Veio

pra minha roda do amor

ao brilho bruxuleante de velas

multicores

deu-me um beijo

pra me virar a cabeça

ajoelhou-se a meus pés

erógenos

amorteceu minha paixão

inóspita

Mulher de Indra

catexizei teu falo

com boca servil e fugaz

entre mordidas e unhadas

apoderei-me de tuas sensações

e axiomas

Dei meus mamilos e nádegas

para que pudesses brincar

como criança a me sugar

Um abraço de Jaghana

te entorpeceu

e no meu colo

te fiz só meu

Entrelaçados

a enroscar-nos

tal qual serpentes

em apoteose

viramos um

por um instante

eternizados

pelo gozo simultâneo

sincronizado

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 23/06/2007
Código do texto: T538016