Mulher de Indra
Veio
pra minha roda do amor
ao brilho bruxuleante de velas
multicores
deu-me um beijo
pra me virar a cabeça
ajoelhou-se a meus pés
erógenos
amorteceu minha paixão
inóspita
Mulher de Indra
catexizei teu falo
com boca servil e fugaz
entre mordidas e unhadas
apoderei-me de tuas sensações
e axiomas
Dei meus mamilos e nádegas
para que pudesses brincar
como criança a me sugar
Um abraço de Jaghana
te entorpeceu
e no meu colo
te fiz só meu
Entrelaçados
a enroscar-nos
tal qual serpentes
em apoteose
viramos um
por um instante
eternizados
pelo gozo simultâneo
sincronizado