LUZES DA RIBALTA! ( 125)
Adentra ao teatro vazio, tudo volta ao pensamento,
Abre com um sorriso, a pesada cortina do tempo,
Caminha lentamente, sentindo o encantamento,
E na penumbra, relembra cada movimento...
Quando a música começa, envolvendo os espaços,
Ela se perfila, estica o corpo levanta os braços,
Os pés, como com vida própria, se colocam em ponta,
E a bailarina, nela adormecida, aos poucos desponta...
Seu corpo ainda ágil lhe obedece ao comando,
Com passos graciosos, está no palco girando,
A cada salto, vai aos poucos se reencontrando,
Novamente, revive seu passado, dançando...
Os sentidos físicos alertas, antes adormecidos,
Não sabe se dança agora ou em tempos idos,
Em seus olhos molhados, a felicidade ressalta,
Refletindo o brilho... Das luzes da ribalta...