ALGOZ
Por tantas vezes me fiz atalho
deixando minha alma calada feito pó
lacrando meus poros de fé.
Por tantas vezes me fiz algoz
deixando cada teco de mim órfão
esquecendo por onde meu sangue deveria fugir.
Por tantas vezes me fiz mascate
deixando meu chão sem eco
expulsando as hastes da minha razão.
Por tantas vezes me fiz útero
deixando meus olhos calados pra sempre
esquecendo as rimas que me fariam voltar.
Por tantas vezes me desatei ilhado
deixando minha pele enferrujada sem pena
esquecendo todo tempo que um dia fiz meu.
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