Não vejo sentido
 
 
Penso que deve existir
Outro jeito de viver
Num perfil
De um tempo preciso
Pois quero uma vida
De verdade
O tempo passa
E desconhece a terra
A janela não dorme mais aberta
Pois quero apreciar a lua
E ver a sombra na escada
O amor de uma noite
Não tem duração
O caminhar pelas campinas
Faz parte de outra época
A gentileza perdeu o conceito
O balanço do parque
Não chega mais nas alturas
As amizades são raras
Pois o individualismo é fato
A solidão fica cada vez
Mais sozinha
Vou me equilibrando
Além do espaço que sigo
No tempo que invade
E me leva pela noite
No caminho sem ternura
Vejo a vida pela vida
Não tem parâmetro
E qual o sentido me conduz
Lá para o lado do futuro
Parece mentira




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 10/09/2015
Reeditado em 16/07/2019
Código do texto: T5377327
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