Roda do amor
(com licença poética)
De repente,
meu pranto cessou
enxugaram-se as lágrimas
da pálida face porcelânica
antítese aos ruivos cabelos
pintada por hábeis mãos
de mundano artesão
cores, multicores
formaram-se circundando azul céu
de meus olhos
que só avistavam teu doce semblante a me adorar
arrepios energéticos circundavam
minha aura feminina
tornando-me qual toda messalina
sensual, fogueira de delícias
que pranto pode caber
em chamas ardentes de prazer?
Evaporado,
ao lume do ardente volume de emoção
do pranto, fez-se riso solto
quase uma quimera
de gemido ardente
e no eco do silêncio da manhã
ouviu-se um grito fino de explosão
era delírio, gozo ensimesmado
que rever
berrou!