Roda do amor

(com licença poética)

De repente,

meu pranto cessou

enxugaram-se as lágrimas

da pálida face porcelânica

antítese aos ruivos cabelos

pintada por hábeis mãos

de mundano artesão

cores, multicores

formaram-se circundando azul céu

de meus olhos

que só avistavam teu doce semblante a me adorar

arrepios energéticos circundavam

minha aura feminina

tornando-me qual toda messalina

sensual, fogueira de delícias

que pranto pode caber

em chamas ardentes de prazer?

Evaporado,

ao lume do ardente volume de emoção

do pranto, fez-se riso solto

quase uma quimera

de gemido ardente

e no eco do silêncio da manhã

ouviu-se um grito fino de explosão

era delírio, gozo ensimesmado

que rever

berrou!

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 23/06/2007
Reeditado em 23/06/2007
Código do texto: T537724