OS DORMIDEIROS IV
OS DORMIDEIROS IV
Ruas paralelas
ninguém a vista
conquista diversa
sobre seu corpo
ressoa um calar
amadurecido
quer do sonho refletido
lá fora
o sonho sem demora
sentido
o desafio mortal
do mal que cobre
todo explosivo de gozo
está secando sua boca
ela precisa da água
vertida em pele
o aroma que a segue
tem o gosto
do louco pesadelo
das sombras
as sombras passeiam em volta
o circulo de fogo
quer ela morta
o símbolo do outro
quer ela morta
o veneno tomado
quer ela morta
a noite de lua escondida
por entre árvores
por entre vales
por entre mares de nuvens
quer ela morta
ela está pronta
sobressai o solo brilhante
no mato caído
onde o vento desenhou
qualquer coisa
que ficou saboreando
olhares
ao prazer do “estranho”
lugares estranhos
são áureas cegas
a conquista não existe
no tempo
o tempo conta histórias
cegas
o corpo precisa dela
o medo transgride
o que ela veio buscar
onde está ela
as roupas estavam vertidas
de um suor na macega
o escuro composto
de gosto puro
o sereno suando frio
nos galhos secos da relva
parecia presa
agora que armada
estava por dentro
florescia o centro
da entidade nervosa
ela estava ofendida
ela foi ofendida
gritava os apelos
que morriam nele
quando ela foi ao fundo
destacar sua medalha
o encontro profundo
da senhora dos condes
o hipnótico moribundo
jazia um peito
que fervia
por um lar
na casa amaldiçoada
pelos homens
que escondem seu espírito
nos velhos dogmas
do falso permitido
“a neve no cume
derrete sobre
luzes crescidas por dentro”!