MALABARES
E era tão fina
porcelana a que eu equilibrava,
cuidadora,
que jamais se quebraria.
Carregava-a como levava a brilhante jarra, o garçon.
Desviei de todos, pus o cristal no mais alto que pude.
Fiz malabares, respinguei em golas de vison,
sapateei entre altares. Não evitei o que aconteceu.
Que descuido foi o meu,
o maldito deslize, Meu Deus.
Excesso de confiança
nas mãos que levavam a bandeja.
O Excesso nunca fez bem
à criança, a ninguém.
Assim seja.
Amém.