MALABARES

E era tão fina

porcelana a que eu equilibrava,

cuidadora,

que jamais se quebraria.

Carregava-a como levava a brilhante jarra, o garçon.

Desviei de todos, pus o cristal no mais alto que pude.

Fiz malabares, respinguei em golas de vison,

sapateei entre altares. Não evitei o que aconteceu.

Que descuido foi o meu,

o maldito deslize, Meu Deus.

Excesso de confiança

nas mãos que levavam a bandeja.

O Excesso nunca fez bem

à criança, a ninguém.

Assim seja.

Amém.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 08/09/2015
Reeditado em 06/07/2017
Código do texto: T5375447
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