Anéis sentidos

Que noite me veste a pele,

Quando sonhos são anéis perdidos num céu?

Que quimeras me invadem a alma

quando o corpo se decompõe num tempo passado?

Que folias são risos no canto da boca

quando a memória é um vazio de sabores?

Quantos sóis são necessários pra invadir o "eu"

e quantas luas são necessárias para reconhecer

que amar o único jeito de ser inteiro e pleno?

Ardidas gotas que transbordam da alma

e transpiram a pele perdidas de si mesma

e o outro é apenas um grão solto na imensidão

que compreende o amor, o universo e o infinito.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 08/09/2015
Código do texto: T5374986
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