Anéis sentidos
Que noite me veste a pele,
Quando sonhos são anéis perdidos num céu?
Que quimeras me invadem a alma
quando o corpo se decompõe num tempo passado?
Que folias são risos no canto da boca
quando a memória é um vazio de sabores?
Quantos sóis são necessários pra invadir o "eu"
e quantas luas são necessárias para reconhecer
que amar o único jeito de ser inteiro e pleno?
Ardidas gotas que transbordam da alma
e transpiram a pele perdidas de si mesma
e o outro é apenas um grão solto na imensidão
que compreende o amor, o universo e o infinito.