(IN)DEPENDÊNCIA

(IN)DEPENDÊNCIA

Aos gritos de dependência

Um horda de confidentes

Marcha por chão carente

A busca de ser gente

É 7 mas parece 11

De setembro negro

Pardo, parvo, cafuso

Um buscar confuso

Em marcha de democracia

De verter sangue

De panela vazia

Que não se bate nem anuncia

Vida vazia

Que angustia

Barriga vazia

Com a cabeça oca

De educação pouca

Coberta por barraca de plástico

Sem sutileza, preto

E por estrela desfraldada

Cercada de vermes

Vermelhos

Que sugam seus devaneios

Com anseio, sem asseio

Prometendo o paraíso

Em alguma paraisópolis

Onde a pólis

Se acaba, rendida a

Morte sem independência

Em troca da imagem

Refletida em miragem

De ascensão social

Em algum canal

De água podre, parada

Boiando qual defecação

E chega ao réquiem aeternam

Ao som de balas perdidas

Em tráfico de influências

Ah!! Pedro, por que me negaste

Libertas quae sera tamem

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/09/2015
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