(IN)DEPENDÊNCIA
(IN)DEPENDÊNCIA
Aos gritos de dependência
Um horda de confidentes
Marcha por chão carente
A busca de ser gente
É 7 mas parece 11
De setembro negro
Pardo, parvo, cafuso
Um buscar confuso
Em marcha de democracia
De verter sangue
De panela vazia
Que não se bate nem anuncia
Vida vazia
Que angustia
Barriga vazia
Com a cabeça oca
De educação pouca
Coberta por barraca de plástico
Sem sutileza, preto
E por estrela desfraldada
Cercada de vermes
Vermelhos
Que sugam seus devaneios
Com anseio, sem asseio
Prometendo o paraíso
Em alguma paraisópolis
Onde a pólis
Se acaba, rendida a
Morte sem independência
Em troca da imagem
Refletida em miragem
De ascensão social
Em algum canal
De água podre, parada
Boiando qual defecação
E chega ao réquiem aeternam
Ao som de balas perdidas
Em tráfico de influências
Ah!! Pedro, por que me negaste
Libertas quae sera tamem