Se desnudo, ela burka.

Encontrei minha cara-metade.

Se digo alhos, ela diz bugalhos.

Se vou à luta, ela hiberna.

Se quero pão, ela água.

Se vou de cabeça, ela esquiva.

Se alinho, ela deflagra.

Se esquivo, ela aporta.

Se entendo, ela confunde.

Se suo, ela sofrega.

Se desencadeio, ela finda.

Se posso, ela nega.

Se clareio, ela encarde.

Se emburro, ela reluz.

Se decepo, ela atrela.

Se anoiteço, ela orvalha.

Se desnudo, ela burka.

Se resvalo, ela deporta.

Se esqueço, ela exclama.

Se rasgo, ela cerze.

Se duvido, ela fé.

Se entrego, ela confisca.

Se imanto, ela lapida.

Se estrago, ela irmana.

Se desapareço, ela encarna.

Se desafino, ela alinha.

Se esmolo, ela desperdiça.

Se durmo, ela guerreia.

Se pouso, ela desatina.

Se atraco, ela detona.

Se pisoteio. ela acolhe.

Se maquio, ela enruga.

Se avisto, ela ofusca.

Se eureko, ela desespera.

Se posso, ela despreza.

Se fornalho, ela glacia.

Se é gostoso, ela empesteia.

Se derrapo, ela aporta.

Se amaldiçoo, ela amamenta.

Se me curvo, ela reina.

Se chego, ela some.

Se viro nada, ela se faz Deus.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 07/09/2015
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T5373336
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