Minha infância no escuro

Minha infância no escuro,

Eu não podia ver televisão.

Eu as vezes tentava ver entre

A brecha do sofá e a parede

E conseguia.

Tia Dalva de todas as flores,

Sua voz rouca me disse, venha cá,

Eu fui e então eu estava

Liberto para a luz.

Agradeça a ela, me disseram,

E eu agradeci naquele dia

E agradeci depois

E agradeço agora.