NÃO SEI!

Não sei, mas

As vezes é necessário sair do caminho.

Desviar o rumo e fazer paragens.

Pois, nem sempre, o que é "certo", predefinido,

Nos confere a satisfação da procura.

Talvez, o prazer do andarilho esteja, muito mais,

Na contemplação das redondezas e suas surpresas, nuances

Do que na retidão e disciplina do trabalho.

Não sei!

Mas o inesperado é misterioso e fortuito.

O que o torna mágico, transcendental.

Não sei!

Mas, vez ou outra, opto apenas por olhar.

Não fazer nada.

Deslumbrar-me!

Somente sentir, sonhar...

E riu da vida.

Riu da soberba.

Marejo com o que me encanta.

Música, dança, poesia, arte...

Não sei!

Mas assim me defendo.

E sigo vivendo

Da ilusão que me apraz.

FÁBIO BARBOSA
Enviado por FÁBIO BARBOSA em 07/09/2015
Código do texto: T5373234
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