NÃO SEI!
Não sei, mas
As vezes é necessário sair do caminho.
Desviar o rumo e fazer paragens.
Pois, nem sempre, o que é "certo", predefinido,
Nos confere a satisfação da procura.
Talvez, o prazer do andarilho esteja, muito mais,
Na contemplação das redondezas e suas surpresas, nuances
Do que na retidão e disciplina do trabalho.
Não sei!
Mas o inesperado é misterioso e fortuito.
O que o torna mágico, transcendental.
Não sei!
Mas, vez ou outra, opto apenas por olhar.
Não fazer nada.
Deslumbrar-me!
Somente sentir, sonhar...
E riu da vida.
Riu da soberba.
Marejo com o que me encanta.
Música, dança, poesia, arte...
Não sei!
Mas assim me defendo.
E sigo vivendo
Da ilusão que me apraz.