Enquanto há vida... há esperança!

Neila costa

para gabriela

O corpo franzino

da pequena Gabriela,

tem por destino

o fado de sofrer de hidrocefalia,

doença sem cura definitiva,

que rouba sua energia

deixando-a passiva

diante da vida...

Seu olhar suplicante,

silencioso,

pede, incessante,

ao nosso Senhor

um prodígio,

que o milagre de uma vida saudável

não seja só um vestígio

da esperança...

Agradece com amor,

com um simples e meigo olhar

a quem está a ajudar...

Ela deseja (sobre) viver!

Tão simples, tão frágil!

Ó querida menina,

de onde trouxe essa sina?!

Enquanto se torna musa

dos meus dias, você me escolhe,

como se me conhecesse

desde menina!

Sua alma peregrina

- e o sopro que sai da sua boca -

bate com calma

e destranca a porta

deste velho coração,

que ao seu se abre...

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 06/09/2015
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T5372594
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