INEPTO
INEPTO
Pó poeira aglutinada
Não vale nada
Dissipa-se no ar
Basta que não respire
Só expire
Pela última vez
Para voltar as origens
E ser insignificante
Tão nano
E tão cheio de rompantes
Como se o tal fosse
E não orgânico putrefato
De fato péssimo ao olfato
E aos outros sentidos
Poeira não cósmica
Impúdica
Bípede falante
Arrotante em pseudo saber
Não sabe nem o que aqui veio fazer
A não ser
Julgar-se senhor do universo
Imbecil controverso
Incerto nas certezas
Passageiro da correnteza
Jogado a terceira margem
Do rio de sua inexistência