INEPTO

INEPTO

Pó poeira aglutinada

Não vale nada

Dissipa-se no ar

Basta que não respire

Só expire

Pela última vez

Para voltar as origens

E ser insignificante

Tão nano

E tão cheio de rompantes

Como se o tal fosse

E não orgânico putrefato

De fato péssimo ao olfato

E aos outros sentidos

Poeira não cósmica

Impúdica

Bípede falante

Arrotante em pseudo saber

Não sabe nem o que aqui veio fazer

A não ser

Julgar-se senhor do universo

Imbecil controverso

Incerto nas certezas

Passageiro da correnteza

Jogado a terceira margem

Do rio de sua inexistência

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/09/2015
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