Cowboy tupiniquim
O garçom me serve uma pinga
Com o que sobrou do dia,
Degustei-a sem sermão.
Logo após cuspir no chão
Minha euforia termina,
É veneno estricnina
Na minha caustrofobia.
Nessa estrada empoeirada
Rumo ao extremo norte,
Vai pairando um clima ameno
Cai à noite, o sereno
Com a penumbra que embaça
O meu coração em brasa,
Segue entregue a própria sorte.
A cada gole um blues,
A cada olhar ela me fita
E tão linda que irrita
Ainda brinca e faz piada
Com o que sobrou de mim,
O pobre diabo que chora,
Pede a conta e vai embora
Eu cowboy tupiniquim.