"NOITES E BALADAS" Poema de: Flávio Cavalcante

NOITES E BALADAS

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

Vejo o resultado das noites e baladas

Mulheres alcoolizadas querendo prazer

Vê-se uma lamentável estrutura abalada

Torpor de mente assim que amanhecer

Um vazio que preenche real marmelada

Desabrochar do acordar da Real cilada

um níquel no bolso é o que precisava ter

II

Gargalhas mas se percebe um vazio

De desocupados perdidos na noite

Um momento pra se aliviar do cio

Mentes altas da irresponsável pernoite

Uma mulher fácil e homem vadio

Sem agasalho mesmo em tempo de frio

Vento que marca a presença em açoite

III

Essas noites que me fizeram chorar

Ouvindo prosas e muita música triste

Fim de noite na mesa de um bar

Um pobre coração que não resiste

Embriagada voz que teve que calar

Um coração que já não tinha o que amar

Que agora estar caído mas não desiste

IV

Nessas baladas com agito do som alto

As facas cortantes das línguas afiadas

Mundanas gritando descendo do salto

Palavras nojentas em línguas safadas

Tem a vergonha mergulhada no asfalto

Onde algum dia se perdeu no ressalto

De Madalenas impuras e não recatadas

V

O que falta nas boas noites e baladas

É o senso ridículo que a vergonha fará

Dando no traseiro umas boas chineladas

Uns tapas na cara para então acordar

Quem sabe assim depois das pauladas

Jogue na mesa as cartas marcadas

Expondo sua sorte ao Deus dará

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 05/09/2015
Código do texto: T5372063
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.