SEM NORTES

SEM NORTES

Durmo sonhos

Acordo pesadelos

Crises, diatribes

Tragédias em ondas

Em praias

Fronteiras

Sem passaportes

Para sortes

Bússola sem nortes

Passagens para a morte

Sem covas, sem rosas

Apenas espinhos

Nos escaninhos

Em burburinhos

De muitas gentes

Tão diferentes

Tão desiguais

Desigualmente

Animais

Implorando caminhos

Pedindo carinhos

Por um dia, uma noite

Que seja sem açoite

E na próxima manhã

Esperança vã

O sono vira eterno

Um sonho de céu

Tornou-se inferno

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 04/09/2015
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