"ESTÁDIO JUVENAL LAMARTINE"
O Estádio “JL” de Natal/RN.
“Dos Anos de Glória ao Abandono em Oitenta e Sete Anos”
Poeta Cypriano Maribondo – cmgtpoeta@yahoo.com.br – Em 03 de setembro de 2015
Hoje este poeta, para todos, resolveu relembrar.
Do Estádio Juvenal Lamartine, o “JL”, a sua história.
Foi o palco dos primeiros passos do futebol potiguar.
Que é cheia de alegria, de futebol e de muita gloria.
Os jovens potiguares que estudavam na Inglaterra.
Trouxeram bolas, chuteiras, regras e apitos para jogar.
O tal “Foot Ball”, que lá na Inglaterra eles conheceram.
E logo eles espalharam por toda nossa terra potiguar.
Tudo aconteceu nos primeiros anos do século passado.
Onde os rapazes das famílias abastadas procuravam.
Alguns terrenos desocupados onde pudessem praticar.
E jogar o “Foot Ball” nos terrenos melhores localizados.
Os terrenos onde hoje e a Praça André de Albuquerque.
E da Catedral Metropolitana, foram os primeiros locais.
Juntos ao terreno da Praça Pedro Velho ou (Praça Cívica).
As partidas de “Foot Ball” eram grandes eventos sócios.
Estes três terrenos mais o descampado onde hoje é o “JL”.
Foram os terrenos preferidos para o “Foot Ball” praticar.
Com ABC, América, Alecrim e Centro Esportivo Natalense,
Chegava hora da primeira associação de Foot Ball Potiguar.
Fundada como Associação Norte-rio-grandense de Atletismo.
De Liga Norte-rio-grandense de Esportes Terrestres, chamada.
Foi um passo para que o governante da época entendesse.
Que a hora de construir o primeiro Estádio era chegada.
Governava o Rio Grande do Norte um político habilidoso.
Juvenal Lamartine, desportista, amante da aeronavegação.
Um dos fundadores do Aero Clube do Rio Grande do Norte.
Dez anos depois entregou a Natal a sua grande realização.
Inaugurado como “Stadium Juvenal Lamartine”, nosso JL.
Como homenagem do povo potiguar para seu idealizador.
Desde a sua inauguração foi palco das glorias e vitorias.
Cantadas na sua arquibancada de madeira pelo torcedor.
Em doze de outubro de mil novecentos e vinte oito nasceu.
O nosso “JL” Estádio Juvenal Lamartine, no Bairro do Tirol.
Antes, dia 28 de setembro de vinte e oito no primeiro jogo.
Com os 5 x 2 no Cabo Branco PB, o ABC brilhou como o Sol.
Sua capacidade, no início, de seiscentas pessoas sentadas.
Na arquibancada de madeira e três mil ao redor do campo.
Três mil e seiscentas pessoas era sua capacidade máxima.
Na década de vinte era enorme para Natal, era um encanto.
Logo nosso “JL” tornou-se o Estádio de futebol de Natal.
Até o ano de quarenta e seis os jogos eram a luz do dia.
Só nesse ano foi instalado o seu sistema de iluminação.
A noite virou dia, para o nosso futebol, foi uma euforia.
A inauguração das luminárias foi no dia treze de julho.
América do RN e Treze da Paraíba foi o jogo inaugural.
Uma bela partida no nosso Juvenal Lamartine Lotado.
Goleada de 5 X 1 para o América foi o resultado final.
A glória “JL” foi na década de cinquenta e sessenta.
Uma década de ouro do futebol com os ídolos locais.
Como Pancinha, Jorge Tavares, Saquinho e Alberi.
Gaspar, Wallace, Jácio Salomão, o “JL” era demais.
Mané Garrincha com suas pernas tortas jogou no JL.
Naquela partida histórica, com a camisa do Alecrim.
Narradores como Zé Ari, Almeida Filho, Rui Ricardo.
Jamais imaginaram que o JL um dia, acabaria assim.
Abandonado e toda a sua história hoje esquecida.
Destruído pelo tempo, o governo nada quer fazer.
Sina potiguar, ninguém preserva a nossa história.
Mas a história do nosso “JL” Natal não vai esquecer.
Jornais de Natal mostram a situação de abandono.
Que vive o JL depois da inauguração do Machadão.
O Juvenal Lamartine acabou parando com o tempo.
Virou briga entre o governo do estado e federação.
Mesmo agora com o advento da Arena das Dunas.
Que destruiu e derrubou o nosso belo Machadão.
Nosso estádio JL do Tirol, Nosso Juvenal Lamartine.
Foi condenado ao esquecimento e não tem perdão.
Hoje o Estádio Juvenal Lamartine, nosso querido “JL”.
Que neste outubro, oitenta e sete anos, vai completar.
Foi dos dias cheios de glórias no futebol, ao abandono.
Virou um símbolo de vergonha para o futebol potiguar.
Eu peço aos políticos do estado do Rio Grande do Norte.
Ouçam os ecos da Historia do nosso futebol potiguar.
Reforme nosso Querido Estádio Juvenal Lamartine o JL.
Entregue a Federação, para as categorias de base, jogar.
Assim vocês estarão restaurando nosso monumento.
Palco da história e da gloria do nosso futebol potiguar.
Nossos jovens ganham um belo estádio para competir.
A história do Estádio Juvenal Lamartine vai preservar.
Peço ao torcedor, e a imprensa potiguar, vamos à luta.
Defender o JL, nossa primeira casa, do futebol potiguar.
Vamos dar este presente para nossos jovens desportistas
Assim, nosso Juvenal Lamartine, juntos nós vamos salvar.