DEVORA-ME
 
Sob o clarão geométrico
das luzes acantonadas
devora-me!
 
No fundo cristalino
das águas sussurrantes
devora-me!
 
Dentro da espiral infinda
da volúpia incontida
devora-me!
 
Poe entre as cores das orquídeas
dos jardins perfumados dos corpos
devora-me!
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 03/09/2015
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