Ingênua, Discrepante
Aclamadas as vezes em que vi seu rosto em colônias de espinho e sol, dispostas as notas e as questões impostas nas estações seguintes. Íngremes, ingênuas colocações,
pensadores inocentes.
Ouvi quando falavam de você,
só não sabia quem era.
Ouvindo vozes, ouvindo alusões.
Sem seu nome,
mas com seu rosto.
As vozes que eu não ouvi falavam de você.
Faz sentido ou não?
Não consegui entender, você estava ali.
Então entendi.
Meu coração te conhecia...
Esse meu coração te viu e te quis.
Vozes em meus ouvidos,
canções de tempos distantes.
Enternecida, parei.
Toquei seu rosto com os olhos,
vi seu sorriso entre as palavras que dizia.
Ouvi seu coração falando em sua boca.
Escrevo escrevo e não te descrevo,
passo horas e horas dizendo sem me expressar.
Eu já gastei um milhão de palavras na tentativa de te desenhar,
já gastei um milhão de vozes tentando te decifrar.
Já morri um milhão de vezes querendo nascer perfeita pra você...