amor transcendental

desconfiei do trovador

que recitava um presente

onírico

sobre o amor

puro como a Lisbela

e o prisioneiro, do sentimento

surreal

as sensações das tintas na tela

iguais às do Stuart Sutcliffe

e um sentimento,

psicodélico, talvez, anormal

(sou

nós)

e nada existe

quando decidimos

r e l u t a r

d i s c o r d a r

c o n t e s t a r

a sorte na porta

era o que era:

a quimera

que é

a m a r

a nossa sacralidade

é esse

r a s g a r

o peito

dessa atemporal saudade

que agora me invade

longe de qualquer dialética

- amar-te é uma fatuidade

agora sinto

que um nasce

para o outro

e que Deus

não cria um filho

para ser solitário e solto

agora, MPB e chocolates

e o teu corpo envolto

ao meu

que sem você

até achei

que já estivesse

m o r t o!

quando me perco

do meu porto

sou niilista

e aqui jaz

só um

c o r p o

i n t e r c o n e x ã o:

olhares que conversam

o contato e o arrepio

imagino, que não seja

apenas paixão

é tanto tempo!

são tantas idas

e inesquecíveis voltas

e, com a minha memória

fraca

eu me lembro

e, até sem querer, eu tento

e faço tudo o que puder

para só mais uma vez

& para todo o sempre

ser a tua

mulher

Gianne Lorena
Enviado por Gianne Lorena em 02/09/2015
Reeditado em 03/09/2015
Código do texto: T5368130
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