Solidãoneto
Mais uma garrafa, mais um vinho
Mais um ano e eu me canso agora
De buscar respostas, sozinho
Para o que fere da porta pra fora.
Outra vez aqui, pensando, em meu ninho
Outra vez assim, e já vejo a aurora
Como se andando num atalho de espinhos
Mil planos dos quais de meu peito jorra.
Planos impossíveis, caminhos dos mais terríveis
Sei que me faz mal, a falta de ar me volta
E ela longe demais pra me mostrar como se faz.
Nem meu niilismo, tampouco meu raso abismo
São suficientes pra poder me levar de volta
Nem isso mais, e ela pra me ouvir, longe demais.