Doendo
A própria vida diz que é pra viver,
mas não oferece condições para isso.
E O MEDO voltou.
A dor é palpável no coração que pulsa fora do corpo.
Acredita que em dias como estes não há luz?
De frio e solidão,
de poeira e chão sangrento em rumores de desistir...
E de dor...
Amealhados sentimentos,
crises vão ao fim de um dia que talvez termine antes mesmo de começar.
Ou não,
nem sei se vi ou se vou.
E a dor?
Tá aqui...
Alagados,
composições,
discrepâncias,
limites.
E eu os odeio...
Avaria,
cadê motivos?
Fins que não encaminham,
não justificam.
Não podem,
não são,
não têm.
Incapacidade,
inutilidade.
E dor.
Indubitavelmente indelével.
Que fazer sem?
Pra onde ir?
Ir, pra onde?
Insanidade de querer ser outra coisa pra não ver tudo isso aqui...
E não doer!
Agora eu não tô vendo nada,
me dá um pouco de atenção,
segura minha mão,
me diz que não é verdade,
que quando eu acordar vai estar tudo bem...