Residires

Residíreis.

Dilata saudade, donde residíreis,

Vê de teus brilhos minha permanência,

Rasgando o solo na clava ampulheta,

Entre o céu fortuno de minha alma!

Se tu, atentais o inferno adiante,

Deste servil árido de minha boca,

Arfando esta tua língua negra,

Furtivas males de minhas preces.

Embora há juventude não impeça,

Sob os ares das andorinhas ementes,

Unida de minha cria atenciosa,

Neste ser, descem minhas lágrimas.

Oh vida, que se aproxima serena,

Se de tuas queixas eu encontrarei?

Os passos de minha solidão,

Servirei de manhãs ás comparações.

Meire Perola Santos

26 / 08 / 2015

Hora 23 : 20

Meire Perola Santos
Enviado por Meire Perola Santos em 02/09/2015
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