A ESTRANHA

 

No centro da cidade
vem ao meu encontro
                              uma                
estranha
para muitos
não seria bonita
mas bela eu a vejo
ela me pede um abraço
e  na boca um beijo
sendo o abraço
começando nos braços
no resto do corpo
terminando 
..........................
Faço impensadamente
o que ela pede
não nego
 que em lhe obedecer
sinto imprevista alegria
que é estranho em alguém
com tendência à anarquia
.................................
Abrançando seu corpo
roço "sem querer"
pedaços dela
mais salientes
enquanto minha boca
utiliza do mesmo tom
unindo-se com o batom
de uma boca estranha
que nela é entrada
e entranha

Ficamos um tempo juntos
silentes.......................
...............................
...................
.......
....
...
..
.
.
.
a
g
o
r
a
dela me separo
quando sem querer
acordo!
para meu desagrado
e desacordo