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É Setembro!

Sepultei-me nas catacumbas do tempo.
Mas voltei!
Voltei depois de hibernar com meus versos.
Voltei para brindar o esquecimento.
Agora é Setembro!
Que me faz esquecer a canção dos mortos.
Em vez de John Lennon,
Cantarei o Paul McCartney.
Em vez de chorar com Pixinguinha,
Estarei fora da ordem Caetaneante.

Os dias de Setembro
Não são dias,
São dádivas que florescem uma eternidade...
Eu tenho os meus poetas
Que me falam à moda dos anjos.
Eu tenho os meus anjos
Que me guiam para além da escuridão.
Setembro - eis a porta da alfândega
De anseios e quimeras.
Setembro é tempo de arribação...

É Setembro no azul do mar!
Nademos!... Nademos!.. Nademos!...
Rumo ao horizonte dos profetas
Antes que se descubra
Que as flores viçosas estão prestes a murchar.

É Setembro no azul dos céus!
Voemos!... Voemos!... Voemos!...
Para o cume do infinito
Antes que se descubra
Que as palavras mais belas estão presas nos túmulos.

É Setembro...
Quando me ouço no silêncio da primavera.



Imagem: Google