"AINDA" Poema de: Flávio Cavalcante

AINDA

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

Ainda que eu fosse o único no mundo

Tivesse à punho um acordo assinado

Pudesse te dar o amor mais profundo

Jamais seria o homem mais amado

II

Ainda que não houvesse o amanhã

E eu fosse o único a tentar sobreviver

Provaria que a mente estava sã

Jamais tentaria ao menos te esquecer

III

Ainda que meus olhos fossem vendados

Minha boca amarrada e amordaçada

Pediria a todos os anjos abençoados

Que a minha voz também fosse calada

IV

Ainda que tivesse que depois renascer

Das cinzas que ao vento foram jogadas

Teria motivo suficiente pra agradecer

Aos santos que são Almas abençoadas

V

Ainda que nesse patamar eu esteja aqui

Perdido aéreo em meu próprio mundo

Esperando sentado para não cair

Vele-me, oh! Deus... No meu sono profundo

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 31/08/2015
Código do texto: T5365936
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