Ausência

Quando a vida se perde,

E a pessoa amada morre,

Algumas das razões perdem o sentido,

E muitas das verdades se destroem.

Ombro amigo e o acalanto,

Os espaços que combinam emoções,

O rosto que procura o sorriso de conforto,

E o olhar que confirma a aceitação.

Quando muitas vezes me sinto só,

Consternada e sem encontrar aceitação,

É contigo que sei que posso falar,

No teu entendimento encontro um coração.

Quando deito em minha cama,

Escorrego a mão a me certificar.

Se estais, estou segura,

E se não a parceria perde a noção.

Cadê a cumplicidade de escutar narrações,

Desta vez não tem que roube travesseiro,

Até os vícios fazem falta a nossa vida.

Nada espalhado e nem sandálias a tropeçar.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 31/08/2015
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