teclado
 
da sala para o mato sou levado
lá os milhos são picados
Os milhos são teclados
Os dedos teclam os milhos
Os dedos teclam os teclados
O sabor do silencio é quebrado
A palavra suave hoje já não vem
Penso a poesia que um dia pensei 
Apenas o assobio da ventania e o meu bem
Apenas a pena em rabiscos e meu dom
O teclado em barulho quebra os pensamentos
O que escrevo já não é puro agora um sofrimento
Escrevo o que quero jamais meus pensamentos
Meus dedos ditam o que hoje mereço.