Poema sem nome
Esses versinhos surrados, pouco apreciados
São as alegrias dos meus sábados
Essa poesia, de boia-fria, faz bem pra mim
Não gosto de sonetos, são muito frescos
É que querem que a poesia projete aquilo que não é
Querem que poeta minta dizendo aquilo que deveria sentir
E que afirme que tudo é belo e o que não é, é ruim.
Ninguém é dessa maneira, uma estética feita.
Uma rima besta, uma música ruim. Seria um ser eu sem mim.
Um parnasiano cansado, desses que retratam o marasmo.
Desses que não falam, ou demonstram o que pensam
Ou ainda aqueles que não acham nada ruim.
Que coisa chata essa, de falar sem pensar
Engolir, e gostar, de coisas assim.
De ingerir preconceitos vomitar seus preceitos, que ideia ruim.
Ainda que não fosse dessa maneira, um versinho como esse não agrada ninguém.
Não é sobremesa, tão pouco fala da mesa ou daquele vaso, não pinta um retrato
Não tem métrica alguma e é a grande loucura de um poeta ruim.