Anonimato
Máscaras sufocam a respiração
Entregue ao ócio, prendo os ossos
Em tolhidas verdades
Desveladas no correr do enredo.
Traços decoram meu rosto pálido
Rugas tecidas no tempo
Linhas tintas de lágrimas
Tímidas palavras, silêncios.
Minha cicatriz foge da identidade
Centrada no oco ventre
Em sangue desnudo
Perde-se em linhas desencontradas.
Desejo goza sensações impróprias
Deitar-se à singela entrega
Sem rostos, sem nomes
Anonimato de um orgasmo.