No espaço marginal
Penso que sou pequena
Dentro de um mundo enorme
Sujo de poluição e violência
A corrupção se alastra
Entre criaturas abjetas
Que na aceitação de fato
Guardam seus planos
Num poço fundo do tempo
Que urge na conta
Onde o sonho se quebra
Na fragilidade da culpa
A água da sua lágrima
Não cai na sombra da luz
Que corre no fio deserto
Em pleno descaso da fortuna
Adquirida no espaço marginal
De um tempo que se elege
Na condição da ganância
E que faz fila dupla
Nas portas lacradas
Das cadeias que recebem
Criaturas formadas no descaso
Que propaga em ordem
O nome dos individuos
Que envergonham a hora
O dia e o restante da vida
Que ainda temos
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