Auto retrato
 
 
Sempre me vejo
E não concebo
Saber como sou
No pensamento
E no meu vago sonho
Ando por um lugar
Estranho e intenso
Na parte surda do tempo
Posso fazer quase tudo
Que não conheço
E no passado não me vejo
Prefiro a vida avessa
Vejo as ondas sem lembranças
Parece que me perco sempre
Dentro dos meus atos
Contemplo tudo que me sobra
E o meu sonho procede
Sou forte na solidão e na dor
Passo e finjo que não vejo
Tenho vontade
De uma reforma profunda
Fazendo meu tempo
Fora dos conceitos
Que vejo deformados
Numa escala ascendente
Onde o ser humano vai fundo
Nas aberrações
Quero uma mudança
Bem estruturada
Para saber
Como sou Eu




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 29/08/2015
Reeditado em 27/09/2016
Código do texto: T5363436
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