Cidade Sem Nome

Aparentemente nunca irei aprender a lidar

Com a constante pungente presença

Da sua ausência.

Por mais que tenhamos nos odiado

Nos tempos recentes

Ainda reverberam

Os tempos bons

Os suaves

Dias.

De quando seu toque fulgia

E dele eu não fugia

Sabe?

As decisões peremptórias e acertadas que tomamos

Em momento algum soam dubidativas para mim

Mas as decisões que não tomamos

Que rumaram nossos caminhos

Do nosso início ao nosso fim

Deram-me momentos

Esses que dão

Agonia diária

Por terem

Acabado

Assim.

E Vambora ainda toca

Em cada livro

Que olho.

28/08/2015 - 21h42

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 28/08/2015
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