Devoro o instante
Devoro o instante. Libero-me em não ser ninguém, nem eu mesmo.
O primeiro sentimento foi de flutuar como um pena pelo céu azul claro.
O estômago vazio.
Sentado no sofá, o sofrimento era inevitável.
O espiritual era mais palpável!
A realidade das coisas espirituais me devora como um fera desvairada!
Quase morto em desejos!
Mas não, o espiritual compensava mais!
Suave... inerte na brisa da noite, com medida, dizia, e agora? O que você me traz, cérebro?
Não havia mais nada a se querer, apenas o não-querer me dominava.
Não sabia o que devia fazer, apenas o saber o que não fazer me dominava.
Assim é mais fácil manter a ordem.
Manter-a-ordem. Mas não a memória. De nada lembro. Quem eu sou? Como poderei me entender?
Só resista.