A CÁTEDRA DO MERIDIANO - O ÚLTIMO LUNÁTICO
A CÁTEDRA DO MERIDIANO
O ÚLTIMO LUNÁTICO
A Cordilheira dos Andes
anda muito perto
quase ofendendo
veja se está vendo
muito perto
um veneno desliza
pelo suor do fracassado
cansado de estórias
nos quadrinhos volumosos
do absoluto
num canto qualquer
canto de estacas
barulho incomum
de porte das armas
as almas flutuam acesas
algumas estão mortas
outras desejando
os silvos do fanático
estático num canto
tem direções
nunca iguais
perdidas canções letais
se ouvidas
podem te matar
se soubesse a quem atira
mira de novo
naquela que o deixou
por outro
mira secreta demais
em paz com ilusões fúteis
e os inúteis que formam
antigos postos
de amigos dispostos
enquanto ele tiver
o quanto ele tiver
enquanto ele tiver
por sobra no baralho
todos podem sentir medo
enquanto ele tiver
mantenham o enredo
agora plantado
no vazio profundo
de um quarto imundo
no escuro fim
da rua num beco
ouçam os ecos do que ficou
embebido no sentido
mais caro sentindo
perfurando galhos
de frutas podres
onde insetos perambulam
dizendo
você tinha razão
você amou com paixão
você quis a razão
nos pés do olimpo
não um sino tocando
chama de corpos estranhos
sem chama
querem você agora
no rebanho faminto
que ama o olimpo
concreto estético
teu olimpo ama ver o sol
sobre nuvens
e as curvas nos desenhos
do vento senhor poético
um pote pergunta teu nome
no barulho obscuro
quase elétrico
garganta desusa
acusa pelos trapilhos
sonhos designos
deixados de lado
garganta que acusa
no que jogas
do nada que fica parado
onde estão os anti-marginas
os estéreis sem cor nenhuma
que sugam o sangue
delicioso
o fruto belicoso
da verdade que explora
o que de verdade
não resta nenhuma.
THE CHAIR OF MERIDIAN
LAST WHIMSICAL
The Andes
walking very close
almost offending
see if you're viewing
very close
a poison slips
by the failed sweat
tired of stories
the bulky comics
the absolute
in any corner
corner stakes
unusual noise
possession of weapons
the souls float lit
some are dead
others wishing
the chirps fanatic
static in a corner
It has directions
never the same
Lost lethal songs
be heard
can kill you
if he knew who shoots
new sights
that the left
for another
Secret sights too
at peace with futile illusions
and useless forming
old posts
of willing friends
while it has
how much he has
while it has
By left in the deck
everyone can feel fear
while it has
keep the plot
now planted
the deep empty
a filthy quarter
the dark end
the street in an alley
hear the echoes of what was
soaked in the direction
more expensive feeling
perforating branches
of rotten fruit
where insects roam
saying
you were right
you loved with passion
you wanted the reason
at the foot of Olympus
not a bell ringing
calls of foreign bodies
flameless
want you now
the hungry herd
who loves Olympus
Aesthetic concrete
your Olympus loves to see the sun
on clouds
and curves in the drawings
wind poetic master
a pot asks your name
the dark noise
almost electric
throat desusa
accused by trapilhos
designos dreams
set aside
throat accusing
as you play
of anything that stands still
which are anti-marginas
color without the sterile no
sucking blood
delicious
the bellicose fruit
the fact that explores
The fact that
there remains no.